O jejum intermitente (JI) é definido como uma estratégia de diminuição da frequência alimentar e não uma dieta, e se caracteriza por uma restrição total ou parcial na ingestão de energia (entre 50 e 100% de restrição da ingestão diária total de energia) entre um a três dias por semana, ou uma restrição completa na ingestão de energia por um período definido do dia (Moro, 2016).
Os estudos recentes, feitos em humanos, propõem que o JI é eficaz para redução de peso, incluindo benefícios como melhora do metabolismo da glicose, saúde cardiovascular e manutenção de massa magra (Lima e col.,2019).
Acredita-se que o JI possa gerar maior aderência dos indivíduos, pois é mais fácil jejuar em dias alternados do que reduzir a ingestão calórica todos os dias (Varady e colaboradores, 2007).
Embora a restrição calórica seja efetiva para a perda de peso, muitas pessoas acham difícil esse tipo de dieta, pois requer uma contagem de calorias vigilante diariamente.
Além do mais, há de se considerar que essa não é uma estratégia que se aplica a todos os indivíduos, pois deve existir um tempo de adaptação individual e necessidade de mudanças no estilo de vida do paciente, uma vez que, a adesão a dieta é fator importante para ter sucesso nos resultados e para manter a perda de peso a longo prazo.
Os dados atuais apresentam benefícios do JI que o JI sobre a saúde geral e o bem-estar. No entanto, não há uma formulação com recomendações dietéticas praticas baseadas em evidencias. A dieta do jejum é atualmente popular, porém, os indivíduos que desejam adaptar-se ao JI como uma estratégia nutricional consistente, devem saber que há escassas pesquisas sobre sua influência a longo prazo sobre a saúde geral e se os benefícios são aplicáveis a todos os indivíduos.
Amanda Vergara – CRN-3 Nº 49742
Comments