Nós temos hoje mais de 54% da polução brasileira com sobrepeso, buscando sempre resultados rápidos, seja através dos exercícios ou de medicamentos. Porém sabemos que o processo de emagrecimento é longitudinal e exige paciência.
E uma das estratégias que as pessoas buscam para emagrecer de forma rápida é a pratica de exercícios em jejum.
O jejum é qualificado pela supressão da ingestão de alimentos por um período prolongado. Mas será que essa estratégia vale a pena?
Um estudo de 2015 de Natalício e col., mostrou que a prática de exercícios físicos em jejum causa danos em diversos parâmetros metabólicos, que não apenas influenciam e são influenciados diretamente pelo exercício, mas produzem desequilíbrios no organismo. Tais desequilíbrios podem provocar desequilíbrios na saúde dos praticantes, sem realmente potencializar o emagrecimento. Outro estudo feito pelo pesquisador Schoenfeld em 2014, onde investigou o efeito da prática regular de exercícios físicos em jejum sobre o emagrecimento, não foram encontradas diferenças entre o emagrecimento provocado pela prática em jejum ou no estado alimentado.
Sendo assim, realizar exercícios físicos em jejum não seria mais eficiente no emagrecimento, pois, para reduzir a massa corporal total e a massa gorda é essencial o estabelecimento do déficit energético, independente do substrato que se predomina, da intensidade do exercício, tipo de atividade física e distribuição dos percentuais de macronutrientes na alimentação.
O treinamento em jejum pode trazer uma menor disponibilidade de glicose sanguínea e glicogênio muscular, o que pode acarretar em uma redução da intensidade do exercício. Este efeito também pode levar ao aumento do desconforto durante o exercício de intensidade fixa, o que pode aumentar a percepção de esforço e contribuir para o abandono da prática regular da atividade física.
Portanto, praticar atividade aeróbica em jejum não proporciona maior emagrecimento.
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Bruna Rossi – CREF-4 Nº 069859-G/SP , personal trainer
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