O câncer é definido como um crescimento descontrolado e anormal de células no organismo (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2005). Aplicação de quimioterapia isolada ou em combinação com a radioterapia e/ou cirurgia, são alguns dos tratamentos para esta doença considerada multifatorial, pois não possui um único fator de causa. Além do mais, a inatividade física é considerada um fator de risco para o desenvolvimento do câncer (FRIEDENREICH; ORENSTEIN, 2002; HAYES et al., 2009).
O exercício físico pode minimizar os processos degenerativos associados ao câncer, promover alterações comportamentais ligadas ao estilo de vida, reduzir os riscos de recorrência da doença e melhorar fatores psicossociais (VALENTI et al., 2008), melhora da capacidade funcional a médio e longo prazo, incluindo aumento da força, resistência à fadiga, flexibilidade e capacidade aeróbia e melhora do sistema imune (KISNER; COLBY, 1992).
Uma revisão sistemática conduzida por Cheema et al. (2007) demostrou que a realização do treinamento de força combinado com treinamento aeróbio duas a três vezes por semana é seguro e benéfico para mulheres com câncer de mama, resultando em melhoras funcionais, psicológicas e clínicas.
O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), salientou que o exercício físico é seguro durante e após os vários tipos de tratamento de câncer, inclusive tratamentos intensivos como o transplante de medula óssea (SCHMITZ et al., 2010).
Contudo, para que o exercício seja efetivo e seguro nessa população, ele deve ser prescrito respeitando princípios como individualidade, tipo, intensidade, frequência e duração do exercício, incluindo no programa de treinamento tanto componentes anaeróbios quanto aeróbios.
Fonte: de Castro Filha JGL, et al. Influências do exercício físico na qualidade de vida em dois grupos de pacientes com câncer de mama. Rev Bras Ciênc Esporte. 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2015.11.008
Bruna Rossi – CREF-4 Nº 069859-G/SP , personal trainer
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